O íntimo e o irresistível ditam com prazer o que Tove Lo canta

Exibindo muito entusiasmo e poder, Tove Lo possui álbuns que traçam rotas de prazer de todos os tipos possíveis

Sabe aquele tipo de artista que pode esbanjar com dignidade o selo de “não ter uma música ruim no repertório“? A sueca Tove Lo é atualmente a cantora na indústria que mais se enquadra nesse quesito — e com muito charme. A sueca tem um catálogo de álbuns incrivelmente poderosos.

Ela ganhou fama principalmente por todo o feito histórico envolta de “Habits (Stay High)“, que hoje, com mais de meio bilhão de streams, ressalta em uma base de fãs um sentimento importantíssimo de nostalgia. A canção envelheceu como um coração que nunca se cansa de pulsar.

E no dia 15 de março desse ano a música completou incríveis 10 anos (o single cru saiu em 2013 e o remix que a fez explodir, no ano seguinte) e 11 dia após isso, no dia 26, domingo, a artista estará na décima edição do Lollapalloza Brasil. O show provavelmente vai eclodir uma única essência: Tove Lo é um gênio, e quem a acompanha desde então deve sentir-se privilegiado.

Tove Lo alcança o ponto mais íntimo do ouvinte com comodidade

Tantos anos de estrada e tanta excelência por entre 5 álbuns colocam a artista em grais lisonjeáveis que surgem de trabalhos que um após o outro explodem com a bolha sonora da sueca de modos exageradamente originais. O último disco, o “Dirt Femme“, mostra ela em seu nível mais elegante e primoroso.

Nunca houve uma possibilidade em que Tove Lo não iria se reinventar. Suas eras são parciais ao seu talento, personalidade e expressividade. As questões sobre sexo e prazer são cantadas com exímio poder e responsabilidade, a tornando para muitos uma Afrodite.

Além de evocar letras que remetem em si ao ato de amar e ao de ser amado, de qualquer forma possível, a sueca levanta synths apetitosos que vão até o ponto central do ouvinte e o faz sair do chão e ir de encontro a pureza da pista de dança. Inesperadamente, quando menos se repara, suas canções geram relações íntimas.

O “Lady Wood“, de 2016, conseguiu desenhar seu domínio (mesmo sendo apenas seu 2º registro) musical sob algumas músicas reconhecidas até hoje como verdadeiras “bops“. Em seguida, na fase dois do projeto, o “BLUE LIPS (lady wood phase II)” vira testemunha de sua própria dona. Posteriormente, basicamente tudo iria honrar seu estrelato.

É um pouco difícil dizer que Tove Lo possui canções ruins, e pode até mesmo soar um pouco insensato alegar tal feito, mas é o que de fato acontece, afinal, são vários trabalhos na discografia que apenas parecem aprimorar mais e mais as vertentes técnicas da cantora. Para ela, parece nunca haver fim.

Tove Lo toca no domingo, 26 de março na 10º edição do Lollapalooza Brasil. Mesmo dia dos headliners Drake e Rosalía.

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