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O que The Bad Batch nos ensina sobre a história de Star Wars?

Enquanto maratonamos a 1ª temporada, entendemos algo crucial sobre o universo da franquia

Atenção! O texto contém spoilers.

Por muito tempo, fãs da franquia Star Wars tiveram dúvidas sobre exatamente como o Império conseguiu assumir o controle da galáxia entre os acontecimentos de A Vingança dos Sith e Uma Nova Esperança.

Afinal, para que tudo fizesse sentido, era preciso que o Império trouxesse algo minimamente bom para a Galáxia a ponto de tanta gente entregar de bandeja o controle à organização.

Entre livros e outros programas, o último vislumbre que tivemos desse período da saga é a série animada do Disney+ The Bad Batch. E no episódio 15, intitulado Retorno a Kamino — a primeira parte do grande final desta primeira temporada — tivemos algumas das respostas para esses questionamentos.

No episódio, Hunter foi capturado por Crosshair e é levado de volta a Kamino, onde seu antigo amigo e o Almirante Rampart esperam usar o comunicador dele como isca para atrair a Clone Force 99 e Omega.

Apesar da armadilha óbvia, Crosshair acredita na lealdade do grupo e tem certeza de que eles irão enfrentar o que for preciso para buscar Hunter. Porém, Omega traça um plano de resgate alternativo, levando-os a uma plataforma de pouso oculta no oceano, por onde atravessam um sistema de tubos subaquáticos que os levam para o laboratório secreto de Nala Se, em Kamino.

No entanto, o local está lotado de stromtropers imperiais. Lá, nossos heróis descobrem que o Império está limpando todos os arquivos sobre as alterações pelas quais passaram.

Enquanto isso, Hunter tenta convencer Corsshair de que suas atitudes controversas são resultado do chip inibidor implantado em sua cabeça, da mesma forma como ocorreu com os clones da Ordem 66.

Mas é aí que The Bad Batch faz a maior revelação dos últimos episódios: Crosshair admite que teve seu chip removido há tempos. Sua atitude a favor do Império vem de sua livre e espontânea vontade.

O choque é imediato, mas é preciso lembrar que mesmo Luke Skywalker e Han Solo, no início do Episódio 4, Uma Nova Esperança,  querem fazer parte do exército imperial — nenhum deles tem aspirações rebeldes.

Claro, no início da segunda trilogia, a impressão que temos é de que o imperador Palpatine fez toda a Galáxia acreditar que por causa dele a Guerra dos Clones foi finalizada. Isso seria o suficiente para provar o porquê de o Império ser aceito em uma escala ampla, afinal viver em uma guerra devia ser uma grande preocupação dos habitantes galácticos na época.

Mas Crosshair vive na época logo após o conflito. Qual seria sua desculpa? Afinal, em The Bad Batch, percebemos como vários dos clones foram vítimas de um grande golpe por parte de Palpatine.

Mas a verdade é que clones como Hunter e Crosshair têm muito mais em comum com Han Solo em Solo e Luke Skywalker no início de Uma Nova Esperança do que queremos admitir. Neste ponto da história, nenhum deles tem consciência de que Palpatine é, de fato, um Lorde Smith.

Além disso, Crosshair mostra sua verdadeira razão para servir ao Império quando tenta convencer seus antigos amigos a se juntarem a ele. Se vocês se filiarem, terão um propósito novamente, diz ele.

É o mesmo motivo pelo qual Luke, no início de sua aventura, quer se juntar à Academia Imperial: encontrar um propósito. Tirar proveito de uma situação que, claro, não é das melhores, mas oferece algum tipo de esperança.

No final do episódio, Hunter convence seus amigos a levarem durante sua fuga um Crosshair desmaiado. Saberemos no episódio de hoje, 13, se nosso anti-herói terá ou não uma redenção.

No entanto, com uma segunda temporada confirmada, melhor nos prepararmos para o pior. Afinal, se Crosshair continuar com o Império nesse ponto da história, não podemos realmente tirar suas razões.

The Bad Batch mostra como no universo de Star Wars, a liberdade não morreu porque todos amavam Palpatine. Pelo contrário, a série nos lembra que algumas pessoas só estavam desesperadas demais à procura de um caminho a seguir.

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