Oasis finaliza turnê Live ’25 de forma emocionante em São Paulo

Segundo show no estádio MorumBIS finaliza a aguardada turnê de reencontro com emoção e público arrebatado

Há um ano e meio, se alguém dissesse que os irmãos Gallagher estariam em um palco juntos novamente, provavelmente receberia as gargalhadas mais honestas até do fã mais esperançoso do Oasis. Mas, como vivemos num mundo que nem sempre segue uma lógica pragmática, a volta da banda aconteceu e chegou ao final no último dia 23 de novembro, em São Paulo. A convite da Jack Daniel’s, tivemos a chance de assistir ao último show da Live 25’, diretamente do camarote Stadium, no Estádio MorumBIS.

Dizer que o Oasis é uma das maiores bandas dos últimos anos não seria qualquer exagero: além de músicas marcantes, os dois líderes da banda se tornaram ícones de algumas gerações. Com suas frases polêmicas, parkas, moletons da Adidas, as clássicas poses, o sotaque inesquecível, o amor pelo Manchester City e, principalmente, a eterna rivalidade dos Gallagher tornaram a banda um marco cultural. Um culto inglês escrachado na cultura pop. Nesta turnê, os fãs tiveram uma segunda chance de experimentar uma sensação monumental, após 16 anos de separação.

Começando o show, Liam e Noel chegaram de mãos dadas, o que já deixou a plateia em frenesi. Junto a eles, os outros integrantes também entraram no palco: Paul “Bonehead” Arthurs, guitarrista da formação clássica; Gem Archer, guitarrista parceiro de longa data dos irmãos Gallagher; o baixista Andy Bell e o baterista Joey Waronker.

Oasis no Morumbi por Joshua Halling (reprodução — 23/11)

Logo em seguida, começa a canção “Hello”, em que o mais novo dos Gallagher declama como é bom estar de volta — e, de fato, é muito bom tê-los de volta, e esse era só o início! Seguindo o setlist da maioria dos shows, a música seguinte foi “Acquiesce”, uma canção esperançosa e extremamente simbólica para o momento. Quando Noel declama que eles acreditam e dependem um do outro, não tem como não se emocionar e pensar em toda a história da banda e como ela marcou tantas gerações.

A banda ainda mostrou que não é apenas a sua música que é eterna, mas também sua presença de palco. Liam Gallagher demonstrou permanecer com toda a atitude de rock star que nutre há anos. Chegando com sua parka laranja, um caminhar inconfundível e cantando com os braços para trás, ele dominou o palco e ainda entregou muito carisma, com diversas interações com o público e com Noel. Destaque para ele confundindo “obrigado” com “arigato” (obrigado em japonês).

Ao longo da apresentação, Liam ainda trouxe uma versão muito mais forte de seu vocal. Em “Morning Glory”, a sensação era que ele estava formando a música como um manifesto. A mesma impressão apareceu em “Supersonic”, “Rock ‘n’ Roll Star” e “Cigarettes and Alcohol”. Essas quatro canções possuem uma energia muito própria do Oasis, não podendo ser feitas por outra banda. Quanto a Noel, apesar de ser mais contido, também teve alguns momentos marcantes, como em “Little By Little” ou até quando ele dedicou “Talk Tonight”, canção sobre… para todas as mulheres presentes.

Falando em dedicatórias, houveram outras; uma delas foi em “Cast No Shadow” para Richard Ashcroft, ex-vocalista do The Verve e atração de abertura da turnê. Mas o momento mais emocionante nas homenagens foi em “Live Forever”, quando a canção relembrou a vida do ex-baixista das bandas Stone Roses e Primal Scream, Gary “Mani” Mounfield, que faleceu no último dia 20.

Obviamente, não faltaram seus maiores clássicos! No encore, “Don’t Look Back In Anger” fez o público cantar em uníssono, assim como se emocionou em “Masterplan” e “Wonderwall”, além de trazer o último toque de êxtase para o público finalizando com “Champagne Supernova” e uma chuva de fogos de artifício.

Como fã, certamente pode parecer difícil avaliar a desenvoltura de uma de suas bandas prediletas sem nenhuma inclinação para o lado positivo, mas, no caso do Oasis, é praticamente impossível não dizer que foi um show glorioso, não apenas por parecer que este era um momento quase impossível de acontecer, mas também por todo o legado recontado a cada música.

A dança Poznan foi criada por torcedores do time polonês Lech Poznan e começou a ser utilizada por diversas torcidas pela Europa; uma delas é o Manchester City. O movimento de ficar de costas para a partida, com os torcedores abraçados, pulando e cantando em sincronia, simboliza a união entre o público e também uma certeza absoluta de que o time está vencendo. Nos shows da banda, esta movimentação foi adotada — e não à toa: se o Oasis fosse um time de futebol e cada show representasse um jogo, sem dúvidas, o campeonato estava ganho, e os maiores vencedores foram os fãs.

Oasis no Morumbi por Joshua Halling (reprodução — 23/11)

Uma experiência no Camarote Stadium com Jack Daniel’s

Esta experiência icônica não teria acontecido sem o convite da marca de uísques Jack Daniel’s, que nos levou para assistir ao Oasis diretamente do Camarote Stadium, o maior camarote do MorumBIS, que está em uma posição que permite uma vista panorâmica do palco.

Junto à vista ampla, o espaço proporcionou dois quiosques da Jack Daniel’s para garantir seu drink favorito da marca — o nosso foi Jack Lemonade com o uísque Honey. Mas não faltaram bebidas sem álcool, com várias opções de refrigerantes. Para combinar com as bebidas, o local ainda disponibilizou um bufê completo, com jantar e sobremesa no final do evento, além de sorvete durante toda a noite.

Não foi só na alimentação que o espaço estava completo: com áreas para massagem, customização de camisetas fornecidas pela Stadium, retoques no cabelo, maquiagem e até mesmo para eternizar o dia com uma tatuagem, a experiência foi completa e tornou o show ainda mais marcante.

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