Purple Disco Machine adiciona toques de funk, disco e house para criar mixagens únicas

Após ótimo ano que envolveu uma vitória no Grammy, Purple Disco Machine tem calibre para segurar qualquer audiência

O apelo visual de Purple Disco Machine é bastante óbvio, pois está logo em seu nome. O DJ alemão, nascido Tino Piontek, tem a cor roxa como sua marca registrada. Seu interesse pela cena eletrônica começou cedo, mas seus primeiros passos no interesse em música vem desde a época da infância quando seu pai costumava ouvir artistas como Pink Floyd e Peter Gabriel, levando o pequeno Tino a se interessar até por Phil Collins.

Mas o pontapé inicial como artista veio do interesse na House Music, que surgiu após prestar bastante atenção no que andava tocando pelas cidades de Dresden e Berlin. Sua sonoridade atual é tomada majoritariamente por esse subgênero, mas isso não significa que ele deixe de lado outros tipos de mixagens em meio a suas músicas.

Apesar de vir despertando atenção recentemente, Purple Disco Machine já está oficialmente na ativa desde 2017, quando lançou seu primeiro disco: ‘Soulmatic‘. O nome já é um pequeno spoiler do que está presente no trabalho, o Soul. Mas já a partir daí era possível perceber o quanto o DJ sabe muito bem experimentar e ‘temperar’ suas criações eletrônicas com um pouquinho de vários estilos. ‘Body Funk’ parece algo transportado direto dos anos 70 para o software do artista, e ‘Devil In Me‘ abusa de vocais potentes em uma batida mais leve, mostrando que ele sabe muito bem quando é hora de fazer muito barulho no instrumental, mas também quando algo mais leve é a melhor pedida.

Mesmo após um bom começo, ele ainda conseguiu se superar com ‘Exotica‘ e sua versão de luxo lançada logo em 2022. É com esse projeto que Purple Disco Machine cravou com gosto sua sonoridade Disco de uma forma muito única. É até estranho perceber que vários loops não são novidade, mas seu charme está na maneira que ele incorpora isso em cada canção. A sequência de ‘Dopamine‘ / ‘I Remember‘ é um dos pontos mais altos justamente por mostrar dois opostos no que ele costuma fazer: algo mais pop e com uma pitada bem comercial de um lado, e uma longa e lenta música que aposta em uma progressão que segue uma mutação constante de quase sete minutos.

Em 2023 foi o momento de se tornar um ganhador do Grammy. Sua versão para ‘About Damn Time‘ da cantora Lizzo foi premiada como melhor gravação remixada, sendo essa a primeira indicação do DJ. Se o artista já estava em uma crescente comercial, ganhar o maior prêmio da música vai ser capaz de dar um gás tremendo para seus futuros trabalhos. A surpresa da vitória foi grande, e logo após a cerimônia Tino não sabia direito o que dizer quando perguntado o que sentia. Para quem já o conhecia não houve espanto, já que seu toque Disco e Funk nos remixes que comanda tem o poder de fazer qualquer música parecer sua.

Com presença confirmada em vários festivais mundiais, Purple Disco Machine tem calibre para segurar qualquer audiência, graças as mixagens criativas, carisma e um set onde é impossível qualquer um ficar imóvel.

Purple Disco Machine toca no sábado, 25 de março, na 10ª edição do Lollapalooza Brasil. Mesmo dia dos headliners Blink-182 e Tame Impala.

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