The 1975 no auge de sua performance

A terceira vinda da banda britânica ao Brasil traz a estrutura encantadora que marca os shows da turnê do The 1975

A história da banda The 1975 começa na cidade de Manchester, Inglaterra, em 2002, quando o vocalista Matthew Healy, o baterista George Daniel e o guitarrista Adam Hann, ainda adolescentes, se conheceram na escola. Eles começaram a tocar juntos e a compor músicas, e em 2004, o baixista Ross MacDonald se juntou à banda.

The Sound (2016)

A banda The 1975 já passou por diversos gêneros — no entanto, sua sonoridade original era voltada para o rock oitentista. Desde o lançamento de seu álbum homônimo em 2013, o primeiro trabalho do grupo, a banda conquistou uma grande base de fãs e se tornou uma das mais populares e influentes da cena musical atual.

Inicialmente, a banda se chamava Drive Like I Do e se apresentava em shows locais. Seis anos depois, eles mudaram o nome para THE BIG SLEEP e lançaram um EP homônimo. Contudo, logo em seguida, decidiram mudar o nome novamente. Desta vez o grupo se chamaria The 1975, nome que carrega até hoje. A nomenclatura foi inspirada em uma inscrição que Matty viu em um caderno antigo de seu pai datado de 1º de junho do 1975. O artigo definido antes do ano chamou sua atenção. No entanto, as inspirações da banda vêm da década seguinte.

The Man Who Married a Robot (2018)

A banda se tornou conhecida por sua mistura única de indie rock, pop e eletrônica. Sua sonoridade é frequentemente descrita como eclética e experimental, com letras que abordam temas como amor, relacionamentos, tecnologia, vícios e cultura pop. Além disso, suas performances ao vivo são eletrizantes, e sua estética visual é única. Um dos argumentos que sustenta essas afirmações é a presença dos trabalhos de Tobias Hylander, que aplica o uso de iluminação, cores neon, luzes, imagens surrealistas e cenários elaborados em shows e videoclipes. A estética do grupo muitas vezes reflete as mensagens e temas presentes em suas letras, como amor, ansiedade, tecnologia e a sociedade moderna.

Part Of The Band (2022)

George Daniel, baterista do The 1975, assina a produção de diversos trabalhos da banda. Ademais, ele é o namorado de Charli XCX e também atua diretamente com a artista em suas produções. Além disso, outros nomes já trabalharam junto à banda: Mike Crossey, James Ford, Phoebe Bridgers, No Rome e Greta Thunberg. Esses nomes englobam diferentes tribos sociais, como a moda e o ativismo ambiental. Isso porque o quarteto é uma espécie de banda transmídia. Assim como atuam no campo musical, também transitam entre a moda, movimentos sociais e até mesmo videogames. 

The 1975 no auge de sua performance

A vinda ao Lollapalooza Brasil é um dos concertos que conta na agenda da banda. “The 1975 at their very best” é o nome da proposta da turnê de seu novo álbum, “Being Funny In A Foreign Language” , que teve início em dezembro do ano passado. As últimas performances da banda, realizadas no continente norte-americano, contaram com a decoração de cômodos uma casa para retomar o momento da pandemia. Cada integrante se posicionou em um deles e, ao longo da apresentação, o vocalista Matty Healy performou diferentes atividades — algumas ao lado de Phoebe Bridgers e Taylor Swift. Em uma ocasião, comeu carne crua; em outra, foi tatuado em pleno palco. O que esperar para o Lollapalooza? Bem, eu não sei, mas espero que a parte da carne crua fique de fora.

Crédito: reprodução / Samuel Bradley

Por sua vez, Healy é uma personalidade polêmica devido a suas declarações e comportamentos controversos em relação a questões políticas, sociais e de saúde mental. Ele já falou abertamente sobre o uso de drogas e álcool, bem como sobre sua própria saúde mental e experiências com a reabilitação. Também faz comentários sobre política e sociedade que dividiram opiniões e geraram críticas. Apesar de tudo isso, Healy tem uma base de fãs dedicados que apreciam sua música e personalidade.

Tenho de admitir: sou integrante desse grupo. Digo mais: estive presente nas últimas duas vindas do The 1975 ao Brasil. Não afirmo isso por ser fã da banda (e até mesmo ter o símbolo do grupo tatuado em meu tornozelo): as performances — at their very best ou não — não decepcionam.

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