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Crítica | Pentatonix, “The Lucky Ones”

Quinteto reconhecido pelo sucesso dos vídeos publicados no YouTube fazendo covers a cappella, Pentatonix lança seu 2ª álbum de canções inéditas.

O grupo Pentatonix lançou seu novo álbum, intitulado ‘The Lucky Ones’, o projeto é composto por 11 faixas inéditas que exploram com maturidade a harmonia vocal do quinteto. No novo álbum o grupo foca em um conjunto de canções que tem como objetivo ser mais honesto e verdadeiro com a essência de cada um dos membros.

Scott Hoying, Mitch Grassi, Kirstin Maldonado, Kevin Olusola e Matt Sallee (no grupo desde 2017, após a saída de Avi Kaplan) cantam sobre a própria trajetória conjunta e individualmente, explorando inseguranças, questionamentos e os caminhos que os levaram – em 10 anos de estrada – a se tornar o grupo que são atualmente.

Em entrevista para o USA Today, o vocalista e fundador da banda, Scott Hoying, comentou que todas as músicas sugiram de um lugar real dentro deles. A faixa título do álbum The Lucky Ones, em especial, fala sobre o crescimento pessoal do grupo e das dificuldades que passaram sendo de uma cidade pequena, até ter a sorte de chegar no lugar em que estão.

“Nós queríamos ser o mais vulneráveis e honestos possíveis em contar nossa história nesses últimos 10 anos…”

Scott Hoying

Hoying que é abertamente gay, refletiu sobre a canção e sua própria sexualidade nesse período. O cantor cresceu no Texas, acredita que hoje é a versão mais autêntica de si mesmo. Segundo ele é este o objetivo principal do álbum, demonstrar a vulnerabilidade por meio das canções e entregar um olhar cru e verdadeiro sobre o Pentatonix.

Amadurecimento pessoal e vocal dá um tom do projeto

Se comparado ao primeiro álbum de inéditas – Pentatonix (2015) – o novo projeto é mais maduro tanto vocalmente quanto no aspecto das composições. Algo no grupo ainda evoca tons que lembram as divertidas canções dos corais americanos ou das músicas compostas por jovens cantores da Disney, mas aqui o que vale mesmo é a carga emocional e a confiança com que o quinteto entrega as músicas.

Cada canção do ‘Lucky Ones’ é bem produzida e tem uma pegada de pop agradável e até radiofônico em alguns momentos. Um som que trilha seu caminho com o único objetivo de continuar fazendo a voz de cada membro do quinteto brilhar, tanto em conjunto quanto solo. Aliás, é isso que torna as músicas ainda mais interessantes: a diversidade vocal de cada membro, já que o quinteto é formado por um barítono, uma meio-soprano, um tenor, um baixo e um beatboxer.

Músicas como Be My Eyes e Bored, por exemplo, chamam a atenção do ouvinte, a primeira por ser impossível não relacionar seu esqueleto à uma canção de Enya e a segunda, por incorporar um trecho de B.Y.O.B da banda de heavy metal System of A Down, criando algo novo e curioso aos ouvidos.

O álbum é composto por várias texturas musicais e apresenta uma estrutura vocal forte, mas ainda sim suave em seus refrãos e pontes. É um material, de fato, muito característico do Pentatonix, porém com alguns tons e nuances que começam a distanciar o grupo do formato a cappella perfeitinho e uníssono que os consagrou na internet.

O quinteto se tornou famoso por fazer covers a cappella em seu canal no YouTube e por participar do reality The Sing-Off. O trabalho do grupo fez tanto sucesso que rendeu a eles 3 Grammys (2015/2016 e 2016) e a oportunidade de cantar ‘Jolene’ lado a lado com Miley Cyrus e sua madrinha (de consideração) Dolly Parton.

Ouça o novo álbum do Pentatonix

Nota do autor: 76/100

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