Apesar de clichê em momentos, “Todo o Tempo que Temos” apresenta atuações encantadoras

“Todo o Tempo que Temos” estrelado por Florence Pugh e Andrew Garfield retrata um romance repleto de momentos marcantes e de superação

Prepare os lencinhos! Chegou aos cinemas brasileiros o novo romance estrelado por Andrew Garfield (Homem-Aranha: Longe de Casa, Tick… Tick… Boom!) e Florence Pugh (Mindsommar, Duna 2) — “Todo o Tempo que Temos” (ou We Live In Time em seu título original), dirigido por John Crowley, que chegou às telonas em 31 de outubro. 

“Todo o Tempo que Temos” conta a história de amor de Tobias, um homem doce, que trabalha em um empresa de cereais e é recém-divorciado, e Almut — uma ousada chefe de cozinha. Os dois se conhecem de uma forma inusitada e, a partir disso vivem um relacionamento cheio de momentos tão inesperados quanto seu início.

A vida do casal começa a passar por um revés quando um câncer já tratado volta a se desenvolver em Almut. Com isso, ela decide que quer viver da melhor forma possível, mesmo que seu tratamento não a leva para a cura. Ao longo do filme, que segue uma narrativa não-linear, o público vai montando o quebra-cabeça do relacionamento do casal, que é repleto de humor, romance e companheirismo. 

Mesmo sendo uma produção da A24, conhecida por seus roteiros fora do comum, como a trilogia X ou até o drama “Aftersun”, “Todo Tempo que Temos” não chega a ter uma sinopse inovadora, na verdade, ela segue os diversos clichês da comédia romântica e dos filmes de superação de doenças. Sendo assim, o que pode torna o filme bom? Seu elenco!

Já conhecida por papéis fortes, Florence Pugh interpreta uma chefe de cozinha cativante, autêntica e forte, que mesmo tratando, pela segunda vez, um câncer, deseja manter sua memória para além da doença. Além disso, sua química com Andrew Garfield mostra como a escolha do elenco foi bem acertada.

Falando em Andrew Garfield, com certeza, ele é quem traz a vida para “Todo o Tempo que Temos”. Tobias é aquele personagem idealizado, um homem das fanfics! Para além do carisma do próprio ator, o roteiro é construído propriamente para fazer o público desejar encontrá-lo no meio da estrada ou até mesmo em um restaurante de frango frito. E essa idealização não para no filme. Durante a divulgação do longa, o ator participou de diversas entrevistas em que apresentou sua visão sobre o luto e amor, o que dá um encanto a mais para o personagem.

Ao final, “Todo o Tempo que Temos” não chega a ser uma produção extraordinária, mas possui seus pontos positivos, principalmente a escolha de elenco, apresentando atores de peso e com uma forte química em cena. Um filme clichê, mas com uma construção narrativa interessante e personagens bem desenvolvidos.

70/100

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