Zé Manoel lança “Coral” em vinil pela Rocinante Três Selos

Disco chega em vinil 180g transparente e a venda exclusiva a partir desta terça-feira (4) no site

O cantor, pianista e compositor pernambucano Zé Manoel lança o álbum “Coral”, que figurou entre os 50 melhores discos de 2024, segundo a APCA, em LP. A edição especial em vinil 180g transparente chega pelo selo Rocinante Três Selos e estará disponível exclusivamente no site a partir desta terça-feira (4).

O vinil já está disponível para compra exclusiva no site da Rocinante Três Selos.

Lançado originalmente em 2024, “Coral” reflete um momento transformador na carreira do artista. O disco transita por uma diversidade de sonoridades e influências, conectando a música afro-brasileira, nordestina e contemporânea. Faixas como “Golden”, “Malaika” (com Luedji Luna) e “Menina Preta de Cocar” consolidam a essência do trabalho, que também conta com colaborações de Alessandra Leão, Liniker, Arthur Nogueira, entre outros.

O nome “Coral” surgiu de um sonho, como conta Zé Manoel: “Tanto a palavra quanto a melodia vieram por Caymmi, que sonhei que cantava ‘Coraaal…’. Fiquei pensando no que ele queria me dizer, e entendi que, se Dorival estava me dando essa canção, não era para eu fazer o que ele faria, porque não sou Caymmi – era para fazer do meu jeito”. Criado a partir dessa interpretação, o álbum apresenta a leveza com que o artista trabalha sua criatividade e também sua excelência.

Zé Manoel sempre pensou seus álbuns como narrativas. “Sempre tive a vontade de contar histórias, de ter uma narrativa com meus discos”, explica. “Insisti em uma linha narrativa em ‘Meu Coração Nu’ (2020), mesmo sem botar muita fé que as pessoas ouviriam o disco na ordem. Para a minha surpresa, elas escutaram, sim, e entenderam”. Assim, “Coral” é concebido como um percurso sonoro e conceitual, levando o ouvinte do amanhecer ao clímax emocional da faixa-título.

As composições do disco contam com diversas colaborações. Muitos parceiros, como Gabriela Riley e Alessandra Leão, estão presentes tanto na escrita quanto nas gravações. Outros nomes que contribuíram para a construção desse universo musical são Arthur Nogueira, Bruno Capinan e Liniker. “Quando trago Liniker como letrista de ‘Deságuo para Emergir’, estou trazendo o universo que conhecemos de Liniker ali”, diz Zé Manoel. “Queria que ela estivesse cantando, mas ela já estava muito envolvida na produção de seu disco novo. No fim, tudo fez sentido, porque ‘Caju’ traz um momento diferente de sua trajetória”.

Entre as participações, algumas figuras são recorrentes na obra do cantor. “Se eu sou Almodóvar, Luedji Luna é minha Penélope Cruz”, brinca. “Quando me identifico e crio laços com as pessoas, gosto de repetir o trabalho”. Também participam do álbum nomes como Caetana, Isadora Melo e Rafaela da Silva, que emprestam suas vozes em faixas como “Siriri” e “Malaika”.

A edição em vinil de “Coral” reforça o conceito do álbum como uma obra pensada para ser ouvida em sua sequência original, com riqueza de detalhes sonoros e poéticos. Zé Manoel descreve sua relação com o formato físico como uma forma de registrar e preservar um momento artístico. “Um disco é como um álbum de fotografias, um filme que vai ficar registrado. Enquanto eu fizer música, vou fazer álbuns”, afirma o artista.

A produção musical do álbum ficou a cargo de Bruno Morais, trazendo arranjos que ampliam a identidade do cantor e instrumentista. A masterização de alta qualidade garante que a experiência de escuta do vinil mantenha a integridade e profundidade das gravações originais.

Com essa primeira edição em vinil, “Coral” se soma ao catálogo da Rocinante Três Selos, que vem consolidando um trabalho de resgate e preservação da música brasileira em formatos físicos de alta qualidade.

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