Logo após sua passagem pelo Big Brother Brasil 20, Manu Gavassi conseguiu moldar ainda mais sua carreira. Com seus projetos autorais como o “GRACINHA” finalizados em questão de divulgação, a artista buscou trazer o passado para o presente com a regravação do icônico “Fruto Proibido”, de Rita Lee.
Após divulgar uma mini turnê do “Acústico MTV: Manu Gavassi canta Fruto Proibido”, a segunda edição do Festival GRLS! sediou a abertura da passagem da artista pelo Brasil.
Apesar do público jovem que poderia não estar tão familiarizado com as músicas do projeto, Manu ousou em escolher uma setlist com apenas uma faixa autoral, trazendo totalmente a experiência do projeto para o palco.
Ao iniciar com “Dançar pra não Dançar”, percebia-se a qualidade vocal em sintonia com o instrumental delicioso de sua banda composta somente por mulheres. Com um figurino extremamente parecido com o do especial da MTV, a artista tirou um tempo para que todos se lembrassem o real objetivo do festival. Foi um momento para enaltecer a celebração da música feminina.
Era notável que o seu carisma se encontrava com sua voz suave e ao mesmo tempo poderosa enquanto o Centro Esportivo do Tietê se envolvia em uníssono para celebrar uma das maiores artistas do Brasil.
Mesmo debaixo de um sol escaldante.
Durante “Agora Só Falta Você”, a energia e felicidade da artista era tão evidente que precisou transparecer em palavras. “Estou amando fazer esse show porque tô parecendo uma fã da Rita Lee que resolveu cantar pra vocês.”, disse Manu. Algumas pessoas poderiam reclamar de uma falta de visuais que poderiam ser exibidos no telão mas, pelo horário, debaixo de sol, seria desperdício. O carisma contagiante foi mais do que suficiente para preencher o palco e entregar um show daqueles que você não vê a hora passar.
Um dos pontos altos com certeza foi durante a performance de “Esse Tal de Roque Enrow”. Sem conseguir explicar direito com palavras, Rita Lee estaria orgulhosa. A energia contagiou de tal forma que mesmo o calor não foi capaz de impedir a plateia de pular e cantar em plenos pulmões.
Ao passo que o show foi se estendendo, percebemos que a artista preza muito por uma entrega excelente. Durante “Ovelha Negra”, Manu precisou reiniciar a performance pois tinha errado um pouco do tempo, nada que atrapalhasse, mas como a própria disse: “Capricorniana com ascendente em virgem é assim mesmo.”
Ainda que o espetáculo era feito unicamente como ode à Rita Lee, senti falta do repertório da própria Manu. Gostaria que faixas como “áudio de desculpas” ou “Deve ser horrível dormir sem mim” entrassem na setlist mas somente “Bossa Nossa” deu as caras. Acredito que, por show de festival ser um pouco mais curto, ficamos sem a apresentação da faixa “Gracinha”.
Finalizar seu show com “Lança Perfume” foi a cereja do bolo para vermos o porque de Manu Gavassi ter sido escolhida como uma das atações do Festival GRLS!. A entrega excelente em palco com voz, carisma e energia se sobressaiu mesmo se apresentando com covers. Fico surpreso como seu nome não está em mais lineups de festivais por aí.