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MITA Festival tem futuro promissor, mas ainda precisa de atenção aos detalhes

Com grandes nomes no line-up e um futuro promissor, o MITA Festival ainda peca em detalhes em sua segunda edição no Rio de Janeiro.

Um cenário estonteante e headliners de peso trouxeram notoriedade para a última edição do MITA Festival no Rio de Janeiro. O evento, que teve sua primeira edição antes da pandemia, é um palco com grande potencial no calendário carioca, mas que precisa de melhorias em aspectos técnicos e de organização.

Com Lana Del Rey e Florence + The Machine estabelecidas como as grandes atrações do festival que ocorreu no último fim de semana de maio. Se considerarmos para além do line-up que parecia pouco coerente, mas também a falta de atrações interessantes pelo local, o questionamento que fica é: o valor absurdo do ingresso valeu pela experiência limitada?

Todo o planejamento de estrutura parece ter sido substancialmente abalado após a contratação de artistas com cachê valioso. O que leva a ser quase compreensível a falta de investimento em ações de patrocinadores que realmente funcionem, mas a conta não se justifica. Quase todas as ativações do evento pareciam deixar a desejar, com pouca inovação e fit com a proposta e local do evento, decepcionando quem procura entretenimento entre um show e outro.

Ficou clara a necessidade do festival que, aos pés de um dos maiores cartões portais brasileiros, têm em desenvolver um ambiente mais atrativo, que além de conversar com a cidade, também converse com o público jovem que o frequenta. Só que o formato atual não funciona.

Se falarmos sobre a organização de entradas, saídas, filas e banheiros, o festival no Rio de Janeiro sai melhor que sua edição em São Paulo. Já no quesito “preços praticados dentro do festival”, um detalhe que se tornou comum entre os eventos privados, apesar de ainda assustador, são os valores exuberantes para consumo de alimentos e bebidas. Todo o ato só poderia ser realizado através de um cartão exclusivo do festival que custava R$7 e no final valia uma garrafa de água. Para quem já tinha pago um valor salgado no ingresso, é no mínimo frustrante encontrar no evento os valores praticados nas comidas e bebidas — que foram anunciadas como um diferencial do festival, mas que infelizmente não se refletem acessíveis. Apesar de tudo, não é algo que surpreende.

De fato, o MITA se consolida como um evento promissor. Sem descartar o fato de que ainda precisa de muitos reparos e cuidados com detalhes que interferem gravemente na apresentação de um line-up carregado de nomes da música.

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