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As 20 melhores séries de 2020

Entre produções nacionais espetaculares e grandes projetos internacionais, este é o nosso REWIND das 20 melhores séries de 2020.

O ano finalmente acabou, mas antes de abrir o champanhe em casa e comemorar o ano novo, reunimos algumas das melhores série lançadas durante 2020 e que fizeram sucesso aqui e provavelmente aí na sua casa.

Muitas pessoas se agarraram à séries durante a quarentena, principalmente produções mais antigas como The Office ou Friends, ou algumas mais novas como Loveraft Country e The Queen’s Gambit. Independente de gostos pessoais e emocionais que desenvolvemos com essas produções para nos ajudar a passar por este ano, o importante é saber que a melhor série é sempre a que toca seu coração.

Nossa lista com as 20 melhores séries do ano engloba principalmente o quesito qualidade de produção e investimento, mas um fator muito decisivo foi inovação e roteiro, itens essenciais que as destacaram dentre tantos projetos deste ano.

20. Ted Lasso

AppleTV+

Ted Lasso fez sua primeira aparição com uma promo publicitária feita pelo Jason Sudeikis para a cobertura da NBC Sports da Premier League. Desde então, a ideia de uma série para o personagem sempre permaneceu, até que foi tirada do papel pela AppleTV+ como um original da plataforma. Jason vive Ted, um treinador de futebol americano bem sucedido que é chamado para colocar ordem em um time de futebol (esse do Brasil mesmo). Por mais que seja uma série de comédia, o drama aqui se faz muito presente para envolver todo o enredo com os acontecimentos e no final você se pega amando o personagem.

‘Defending Jacob’ (2020)

19. Defending Jacob

Em Defesa de Jacob / AppleTV+

Baseada no romance homônimo de William Landay e produzido pela AppleTV+, ‘Defending Jacob’ traz Chris Evans, Michelle Dockery e Jaeden Martell em protagonismos viscerais. Como o próprio nome já diz, apresenta a defesa de um caso muito peculiar e chocante, onde os pais de Jacob não mede esforços para proteger o filho, ainda que em alguns momentos, a dúvida ronde em suas mentes. Um mistério bem construído que te entretém do início ao fim.

18. Desalma

Globoplay

Sendo a estreia do gênero horror e suspense na plataforma, ‘Desalma’ veio como uma minissérie original da Globoplay. Em Brígida de 1988, um acontecimento sobrenatural marca todo o vilarejo de descendência ucraniana. As atuações espetaculares de Cássia Kiss e Cláudia Abreu marcam definitivamente um dos maiores acertos da minissérie, que mesmo com tanta expectativa e e grandes elogios no Festival de Berlim, anda peca em alguns poucos sentidos.

‘Madam C.J. Walker’ (2020)

17. Self-Made: Madam C. J. Walker

A Vida e a História de Madam C. J. Walker / Netflix

Self-made apresenta a a história real de uma mulher negra americana (aqui interpretada pela incrível Octavia Spencer) que lutou contra a pobreza e contra as adversidades da vida para se tornar uma empresária de sucesso no ramo de beleza para cabelos de pessoas pretas. baseado no livro ‘On Her Own Ground: The Life and Times of Madam C.J. Walker’ de A’Lelia Bundles, acompanhamos as inúmeras tentativas de Madam C. J. Walker na árdua escalada do empreendedorismo no século XIX.

16. Bom dia, Verônica

Netflix

Não é de hoje que a produção nacional vêm se tornando um foco bastante significativo em plataformas de streaming. Com ‘Bom Dia, Verônica’, a Netflix teve um acerto em cheio. Abordando narrativas cada vez mais presentes em tópicos de discussão como a agressão e o assédio de mulheres, a plataforma conseguiu traduzir bem como são tratados ‘casos isolados’ deste tipo no Brasil.

15. Hebe

Globoplay

Andrea Beltrão dá vida à nossa icônica Hebe Carmargo em uma cinebiografia no cinema e posteriormente transformada em uma minissérie de 8 episódios pela Globo. Dona de um carisma sem igual, Andrea deposita toda sua garra ao interpretar as mais diversas nuances dramáticas de uma personagem tão marcante como foi Hebe, desde sua infância, seus desafios, assédios psicológicos, lutas e transformações. A importância dessa série não é somente para descobrir a icônica trajetória de Hebe Camargo, mas serve também como uma aula de história que passeia pelo cruel período da Ditadura Militar.

14. It’s Okay Not To Be Okay

Tudo Bem Não Ser Normal / Netflix

A série coreana foi uma das mais assistidas e comentadas no ano. Por mais que esteja no nicho de dramas sul-coreanos, a história é uma tocante relação entre duas pessoas completamente diferentes lidando com as dificuldades do mundo. Enquanto Moon Gang-Tae é um trabalhador na ala psiquiátrica, Ko Moon-Youngé uma escritora de sucesso, mas com dificuldades em suas relações sociais. O enredo tocante e emocional é uma parte positiva que conecta diferentes culturas e emoções.

‘Ted Lasso’ (2020)

13. Sex Education – 2ª temporada

Netflix

O segundo ano da série britânica veio mais empolgante que o primeiro. As discussões sobre relações sexuais na adolescência e descoberta da sexualidade trazem um debate que ainda é tabu mas que serve de aprendizado para quem assiste. Entre momentos mais sensíveis como o assédio sexual e a relação conturbada entre pais e filhos, Sex Education continua uma ótima série com atuações e personagens cada vez mais interessantes e que nos instiga a querer mais temporadas a cada ano.

12. Dark – 3ª temporada

Netflix

A terceira temporada da série alemã foi uma das mais aguardadas do ano na Netflix. Depois do sucesso das duas primeiras temporadas, o suspense sobre o futuro de Jonas e Martha deixaram todos ansiosos. A série tem como o ponto alto a explicação sobre viagem no tempo, acertou em trazer um final voltado para um apelo emocional, unindo as emoções com a ficção cientifica.

Leia nossa review sobre a temporada

11. Never Have I Ever

Eu nunca… / Netflix

A serie criada por Mindy Kalling oferece um humor juvenil e consciente. Em uma leva de humoristas descentes de países do sul asiático, Mindy cria um universo inspirado na sua própria vivência enquanto filha de indianos crescendo nos Estados Unidos. Os choques culturais e morais rendem boas risadas e ainda algumas lágrimas, que mescladas com diversos easter eggs e referências a cultura pop, tornam a série uma grata surpresa de 2020.

‘Lovecraft Country’ (2020)

10. The Boys – 2ª Temporada

Amazon Prime Video

Em sua temporada mais madura e relevante, ‘The Boys’ consegue aprimorar sua sátira aos super-heróis que conhecemos de fora incrível. O lançamento de sua primeira temporada foi uma grata surpresa aos amantes do gênero (ou dos que odeiam), e após maratonar os 8 episódios sangrentos, conseguimos dizer que o futuro seria ótimo. Eric Kripke, criador da adaptação de uma das HQs mais polêmicas já lançadas, afirmou que seu intuito era provocar, passeando entre os temas atuais da sociedade de forma bastante intuitiva, mas sem dar muito na cara. Prova disso é a inclusão de personagem Tempesta, vivida por Aya Cash, da qual chegou para escrachar banalizações do dia a dia das pessoas de forma até que direta.

09. Insecure – 4ª temporada

HBO

Com o objetivo firmar uma relação ainda maior com o telespectador ao contar histórias que só engrandecem os núcleos dos respectivos personagens, e proporcionam um carinho maior diante das novas narrativas vistas em tela, a 4ª temporada da série da HBO é talvez o seu maior pico de euforia e entretenimento até agora. Na trama acompanhamos Issa Dee (vivida pela Issa Rae) e Molly (Yvonne Orji), sua melhor amiga. Por vezes comparada com a série ‘Girls’, também da HBO, ‘Insecure’ se distancia e muito nesse sentido, abordando referências diárias da comunidade preta nos Estados Unidos e também os perrengues (e racismo) que enfrentam ainda nos dias atuais.

08. Little Fires Everywhere

Pequenos Incêndios por Toda Parte / Amazon Prime Video

Baseada no romance de 2017 com o mesmo nome de Celeste Ng, estreou na plataforma do Hulu e chegou com exclusividade à Prime Video este ano. O toque da autora que combina intensidade, nervosismo e um suspense que permanecem a cada minuto, foi captado com excelência por Kerry Washington e Reese Whiterspoon.

‘Unorthodox’ (2020)

07. The Crown – 4ª temporada

Netflix

Após três temporadas firmando o terreno na Netflix como sua produção mais lucrativa e também a que mais deu gastos, ‘The Crown’ estreou a quarta parte da melhor forma possível. Com Emma Corrin brilhando como a Princesa Diana e Gillian Anderson como a primeira ministra Margaret Thatcher, fomos apresentados à duas personagens extremamente marcantes na vida real britânica e que foram indiscutivelmente bem interpretadas pelas atrizes, explorando seus defeitos, afeições, camadas e muitos momentos de tensão.

06. We Are Who We Are

HBO

A série dirigida e produzida pelo mesmo diretor de ‘Call Me By Your Name’, Luca Guadagnino é mais uma tentativa da HBO de emplacar séries sobre adolescentes. Aqui, dois jovens se tornam amigos na base militar americana instalada na Itália. A discussão sobre problemas familiares, questionamentos sobre a própria identidade e de “quem eu sou?” são algumas trajetórias que englobam o denso roteiro da produção. Sem grandes reviravoltas ou mistérios, o enredo simples e por vezes pesado, faz WAWWA ser uma ótima série que trata de assuntos juvenis como deveriam ser tratado: sem tabus ou filtros.

05. Normal People

Hulu

A série baseada em um livro homônimo chegou despercebida e aos poucos ganhou grande repercussão. Marienne e Connel vivem em uma cidade pequena na Irlanda do Norte e desenvolvem um romance no último ano de escola. As idas e vindas dos dois nos anos que seguem são dolorosas, platônicas e melodramáticas. As incertezas de se entregar a um amor tão certo mas tão incompleto deixa os dois sem ação e causa a quem assiste um sofrimento real, como se fizesse parte do relacionamento. Outros pontos positivos são as atuações e direção, além da trilha sonora que ajuda a arrebatar o sentimento de sofrimento amoroso.

‘The Queen’s Gambit’ (2020)

04. The Queen’s Gambit

O Gambito da Rainha / Netflix

Uma das maiores surpresas do ano é essa minissérie que viabiliza o posto com uma trama incrível e viciante como uma combustão diante de todos os fatos apresentados. Sem falar do desempenho espetacular de Anya Taylor-Joy, que carrega consigo uma personificação forte, confiante e ao mesmo tempo, completa de inseguranças. Além de mostrar os devaneios durante as décadas, acompanhamos a evolução de uma peça chave na história do Xadrez, um esporte mental dominado predominantemente por figuras masculinas.

03. Unorthodox

Nada Ortodoxa / Netflix

Nessa diáspora reversa de uma judia que dos Estados Unidos foge para a Alemanha em busca de um sonho, somos apresentados a uma realidade pouco conhecida e explorada nas telas. Não é só a irreverência de uma história curiosa ser contada que chama atenção para ‘Nada Ortodoxa’, as atuações, figurinos, verossimilhança e direção fazem dessa uma das melhores séries de 2020. A produção da série é feita em grande maioria por mulheres, o que ajuda a retratar os sentimentos da personagem principal com a sensibilidade e visão de mundo que somente as mulheres têm. As dores e novas descobertas de Esther causam uma sensação de liberdade e conforto a quem assiste.

02. Lovecraft Country

HBO

Conhecido por seus contos de horror cósmico, H.P. Lovecraft ganhou uma grande notoriedade com a produção da HBO. Apresentando não só os temores de seus personagens como uma semi-antologia cheia de surpresas a cada episódio, a minissérie ainda incorporou a veia de luta contra a segregação de classe e racismo que o autor fundiu dentre seus textos. Lovecraft Country nos trouxe histórias que permeiam a cultura pop por anos, colocando um toque mais do que especial (e detalhista) à cada uma das interpretações do elenco.

‘I May Destroy You’ (2020)

01. I May Destroy You

HBO

A minissérie criada e estrelada por Michaela Coel causa estranheza em diversos momentos, mas a cada minuto que a personagem Arabella reflete sobre acontecimentos, um ensinamento novo é ativado em nossos pensamentos. Michaela trata de abuso sexual de uma maneira totalmente diferente do que somos acostumados. Ao longo de 12 episódios acompanhamos os altos e baixos que a personagem passa ao tentar publicar seu novo livro e encontrar seu bem-estar novamente após sofrer uma agressão sexual. Não só sobre isso, lidamos juntos com a personagem o que é entender sobre si mesmo e aprender a procurar ajuda. ‘I May Destroy You’ é uma retratação da vida dos jovens adultos que tenta aproveitar o agora em meio a loucura das incertezas sociais e ambientais que o futuro espera da humanidade. No meio disso tudo temos atuações incríveis e debates sobre questões de interseccionalidade como racismo, feminismo, imigração e meio-ambiente, tornando o projeto ainda mais fascinante.

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