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Nagisa Ôshima: MUBI celebra os 90 anos do cineasta

Três produções do cineasta estão disponíveis na plataforma: O Império dos Sentidos, O Império da Paixão e Furyo: Em Nome da Honra

Da Nouvelle Vague japonesa até o uso contemporâneo do cinema para retratar os paradoxos da sociedade, Nagisa Ôshima deixou um legado  de mais de 40 produções como diretor, 39 como roteirista e algumas como ator e produtor. Mais conhecido pelo polêmico Império dos Sentidos, o cineasta completaria 90 anos no dia 31 de março – faleceu em 2013. 

Em sua homenagem , a MUBI disponibiliza, em sua plataforma de streaming, três filmes célebres de Nagisa Ôshima: O Império dos Sentidos, O Império da Paixão e Furyo: Em Nome da Honra

O Império dos Sentidos (1976)

Proibido em diversos países  na época de seu lançamento , é  um dos filmes mais polêmicos de todos os tempos. Na trama, uma serva (Eiko Matsuda) começa um caso apaixonado e perigoso com seu mestre (Tatsuya Fuji) no Japão, antes da Segunda Guerra Mundial. Este conto de obsessão sexual foi baseado na história verídica de Sada Abe, que asfixiou eroticamente seu amante. Além de quebrar barreiras pela ousadia, também faz uma crítica à sociedade japonesa.

O Império da Paixão (1978)

Situado em uma vila japonesa no final do século XIX, o filme detalha a queda de uma mulher casada e seu amante depois que mataram seu marido e o jogaram em um poço. Por vários anos, os dois são capazes de continuar seu caso. No entanto, depois de algum tempo, o espírito do marido retorna. Este conto sedutoramente escuro e erótico de um caso de amor contaminado disseca com precisão a natureza tórrida de um “crime passional”.

Furyo: Em Nome da Honra (1983)

Um oficial britânico é internado pelos japoneses como prisioneiro de guerra. O comandante fica obcecado pelo estranho loiro misterioso, enquanto o tenente-coronel britânico Lawrence tenta fazer a ponte entre as diferenças emocionais e de linguagem entre capturador e prisioneiro. O filme de guerra é alimentado por performances inesquecíveis de David Bowie, Takeshi Kitano e Ryuichi Sakamoto, que também compôs a trilha sonora do longa. Um drama de choque cultural comovente, atravessado por desejo e redenção queer.

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