Shygirl conduziu o público com seu clube desconstruído no Primavera Sound São Paulo

Shygirl e sua capacidade de fazer plateias dançarem transformaram a artista em um dos momentos mais elétricos do Primavera Sound São Paulo.

Não houve muito suspense para Shygirl começar seu set no Primavera Sound São Paulo. Chegando no escuro (e de óculos escuros), em poucos segundos o som já foi subindo e revelando a artista, e em menos de trinta segundos já era possível ouvir ‘Woe‘. Quando o acerto vem logo na abertura é sinal de que a chance de uma performance de qualidade seja muito alta. Começar com uma das melhores faixas do disco ‘Nymph‘ rendeu uma abertura e tanto.

Com o apoio de uma DJ, a artista sensualizou bastante, mas não de forma escancarada, mas sim na medida que as batidas de sua música a levam: devagar e precisa. Próximo ao fim da canção ela fez brincadeira com algo que ouviríamos bastante por outros integrantes do line-up; o tal do ‘Come to Brazil’. “Vocês disseram para vir ao Brasil e eu vim” diz a cantora enquanto o público vibra com a referência de um pedido que já virou algo automático entre qualquer brasileiro e um artista musical estrangeiro.

A sequência com ‘BAWDY‘, ‘Firefly‘ e ‘Cleo‘ foi o momento mais potente do set. E nesse momento já era possível perceber que a pista do Palco ELO também havia se tornado uma festa. Por todos os lados era possível ver pessoas vibrando com a produção limpa que ecoava do áudio da apresentação. Cada um curtia do seu jeito: cantando junto, dançando ou apenas sentindo a energia enquanto não tirava os olhos da cantora. A britânica estava muito a vontade no palco, porque sua animação de estar no país era visível. Sua preocupação em entregar com qualidade também estava ali do começo ao fim.

Se sua potência já havia sido apresentada, foi no encerramento do show que aconteceu o maior momento. Bastou que ela perguntasse ao público qual seria a última música para que um coro gritando ‘BDE‘ começasse. Com essa última as pessoas foram ao delírio, e um dos momentos onde gritos disputavam com os vocais da cantora era justamente quando se ouvia “Beat the pussy right, beat the pussy right” repetidamente.

Impressionando e conduzindo o público com uma fusão de dance, club, pop e avant-garde, Shygirl se consagrou como um dos momentos mais eletrizantes e dançantes da primeira edição do festival no país. Provando que o evento musical que não a tiver como opção está perdendo um dos atos com maior capacidade de trazer uma energia de público imensa.

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