A continuação mais surpreendente e inesperada das animações da Pixar, finalmente, chegou nos cinemas. Toy Story 4, já está entre nós e como um grande mexidão do roteiro das outras sequências, a Disney conseguiu entregar uma história que nos fazer chorar com tanta delicadeza e mostra de fato que existe um universo para cada um dos personagens.
Em Toy Story 4, temos o retorno de alguns personagens, como Betty (que está a 20 anos fora da trama!) e continuamos com a construção da narrativa sobre amizade, amadurecimento e sobre finais – como o terceiro filme deixou claro. Mas, em uma nova aventura ao melhor estilo de “ninguém solta a mão de ninguém”, os brinquedos retornam para ajudar uns aos outros, como também nos fisga na nostalgia ao ouvir a música “Amigo estou aqui”.
Quando o assunto é qualidade na animação, não temos nem o que reclamar sobre a Disney/Pixar, que entrega novamente uma qualidade absurda na imagem – atente-se aos efeitos no parque de diversão, aos efeitos na pele e a cena da chuva; e no som, sem deixar de lado a simplicidade (foco no Garfinho!). O filme que sim, é um dos mais tranquilos de todos da série, e o que entendeu qual é o público e se jogou na nostalgia e na receita da felicidade para os fãs.
O filme passa muito pouco pelos personagens que já conhecemos, e tudo indica que seja algo proposital, o diretor e roteiristas quiseram dar um foco no brinquedo que iniciou todas as produções e mostrar o significado de estar perdido, com diversos questionamentos sobre esse assunto.
A lealdade e dependência por sua criança (que vemos desde 1995) é reforçado e ficou cada vez mais nítido. Mas se tudo aquilo não existir? Pois bem, temos um pouco disso no terceiro filme, quando os personagens vivem dentro de uma creche e eles entendem que deveria ficar com Andy independente das decisões do menino (e acompanhou com o final mais emotivo de todos os filmes).
Mas, Toy Story 4 é o melhor de todos?
Vamos alguns pontos, o quarto filme da série vem quebrando alguns paradigmas já construídos, questionamentos que tanto um brinquedo como um adulto, faz constantemente sobre sua vida, são apresentados, mas reforçam a importância da lealdade com todos.
Então, podemos dizer que Toy Story 4 veio como um filme de transição na construção do roteiro, dando um novo ar e mostrando que existe um novo caminho que pode ser seguido, graças a Betty, que mostrou que não existe apenas uma história e uma única verdade.
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A trama se inicia contextualizando todos os filmes anteriores, e vamos descobrindo como está a vida atual dos brinquedos que viveram com Boonie. Woody entra em ação, quando percebe que está sendo deixado de lado nos momentos de diversão – afetando diretamente na personalidade do caubói, onde ele percebe que a lealdade da criança não é do mesmo nível que a dele (reciprocidade que chama?)
A vida de Bonnie agora dará um grande passo, ela vai para o primeiro dia de aula no jardim de infância e vemos a reação de todas as crianças que sente medo e apreensivas. Neste momento, Woody percebe que deve agir e vai em busca de viver e aliviar este momento na vida de sua nova dona.
Se sentindo sozinha, Bonnie é convidada pela professora em fazer um cartão. É com este convite que entendemos o porque Woody, passou alguns momentos recolhendo materiais recicláveis (na surdina, claro!) e ali conhecemos o Garfinho, um novo personagem da história que se torna um grande amigo para Bonnie.
Como estamos falando de Toy Story, em momentos onde Bonnie não está presente, todos os brinquedos tomam vida e Garfinho não é diferente, porém, traz uma lado cômico, pois, se revolta em ser feito de “lixo”, sempre tentando se jogar nas lixeiras pelo caminho.
Woody, que sempre é um grande guardião dos brinquedos, também abraça o Garfinho e entre idas e vindas, sempre salvando o novo “brinquedo”, ele se depara com uma loja de antiguidade que, na vitrine vemos o abajur de Betty.
A curiosidade de Woody é sempre maior (vimos isso em todos os filmes!) e faz com que ele entre na loja, mas o Garfinho se perde (novamente) e ali conhecemos o trupe de ventríloquos. Gabby Gabyy, líder dos bonecos, deseja mais do que tudo consertar sua própria “cordinha de voz” por um dia, quem sabe, encontrar o amor de alguma criança – a busca é apenas conhecer esses personagens, porque a Betty não estava na loja.
O Garfinho que de fato sumiu, faz com que Woody comece a procurar o amigo e assim, Betty surge, em um parquinho público, e a partir deste momento os ensinamentos do filme se inicia. A pastora com suas três ovelhas, relembram os momentos com o xerife, quando eles viviam na mesma casa e ainda revela que foi descartada por Molly, irmã mais nova de Andy (se prepara para um flashback, ok? ok!).
Durante os últimos sete anos, a pastora buscou novos donos fixos, mas não encontrava. A primeira vista, o cowboy não acredita na realidade, mas ela consegue provar aos poucos que ela se tornou um boneco livre e aberto para novas experiências (e muitas) que nenhuma criança poderia proporcionar.
E depois de um momento de empoderamento da personagem, Woody pede para que Betty ajude-o a recuperar o Garfinho e a ação começa. Os personagens se unem em prol do resgate, vamos Buzz e outros novamente e em meio a tanto caos, tentativa e erro, os brinquedos de Bonnie com os “brinquedos perdidos”, consegue recuperar o personagem reciclável, e parte da solução do problema envolve Woody dar sua caixinha de voz para Gabby Gabby.
Garfinho entende que é importante para Bonnie e para todos os personagens, que lutam pelo bem de sua dona e consegue parar de tentar se jogar no lixo e Gabby Gabby, mesmo agora com voz, percebe que não isso não é suficiente para conquistar o amor de uma criança, muito menos pelo final do mundo.
Com vários questionamentos na cabeça de Woody, o final revive diversos momentos dele com Andy e ali entendemos tudo que Betty fala sobre o significado de estar “perdido”. E tanto as cenas finais, como o pós crédito, nos faz entender que teremos uma continuação.
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