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As 16 melhores séries de 2022

Tendo como principal força o amor por estudos de personagens, a nossa lista com melhores séries de 2022 traz 16 produções

Do you know these gays?” Bem aos 45 segundos finais para o fechamento das listas de fim de ano, Tanya no último episódio da 2ª temporada de “The White Lotus” protagoniza um das sequências mais cômicas da história da série e do ano. Vale dizer que grande parte do encerramento da nova história do programa foi, na verdade, uma das melhores 1 hora e quase 20 minutos da televisão em 2022. 

Muito do que Jennifer Coolidge ofereceu como a ambígua personagem, coloca em plano o que vimos em um numeroso volume de obras neste ano: a atenção nos detalhes através da interpretação. Dentre as séries que citaremos abaixo, a maioria delas evocou uma sensação de poder, ainda mais pelos nomes que as compõe.

“House of the Dragon” é incrível? É. Mas não seria tão proporcional ao que mostra se não tivéssemos atores que respondessem insanamente bem a troca brusca de tempo, tirando de rota é claro Paddy Considine, que vive um único rei em um desempenho assustador; “The Bear’ é provavelmente a série do ano? É. Mas grande parte dessa ideia se ilustra porque Jeremy Allen White, Ebon Moss-Bachrach e Ayo Edebiri conseguem roubar para si a loucura de cuidar de uma cozinha implacável.

Ou seja, muito do que vimos esse ano dentro da televisão e do streaming é nada mais do que a união pura entre uma contação de histórias exímia e o desenvolvimento de atores que entendem onde estão inseridos. 

Nossa lista com as 16 melhores séries do ano engloba principalmente o quesito qualidade de produção e investimento, mas um fator muito decisivo foi inovação, roteiro e elenco, itens essenciais que as destacaram dentre tantos projetos deste ano.

Aproveite e confira nossa lista de melhores séries de 2021

Heartstopper / Severance

Undone – 2ª temporada

Prime Video

Por Eduardo

A segunda temporada da série feita inteiramente com a técnica de rotoscopia reimagina ainda mais com seriedade e muitas viagens mentais o trauma. O que não se poderia esperar é quão fundo a psique da produção poderia ir. Os enigmas envolta dos mistérios que Alma é inserida são impecavelmente destrinchados, tudo sendo desmembrado com polidez e astúcia, mostrando ser tão poderosa como qualquer série live-action.

Pretty Little Liars: Original Sin – 1ª temporada

Pretty Little Liars: Um Novo Pecado / HBO Max

Por Lucas Fagundes

Uma nova versão de algo de sucesso pode ser delicado. “Pretty Little Liars”, lá de 2010, foi uma febre. Quando a notícia de que um reboot com uma história e personagens diferentes surgiu, mesmo não fazendo tanto tempo após o término da original, a reação foi de incerteza acerca da qualidade, porém, fomos surpreendidos. “PLL: Um Novo Pecado” também vem com o grupo de meninas sendo ameaçadas por uma pessoa anônima por mensagens, mas dessa vez por um serial killer. A nova série abordou assuntos mais maduros, carregou mais violência e mistérios mais interessantes. Foi uma ótima surpresa no ano.

Ms. Marvel – 1ª temporada

Disney+

Por Marcos Vinícius

Na surpreendente adaptação televisiva dos quadrinhos de Ms. Marvel, Iman Vellani vive Kamala Khan, uma jovem que recebe os poderes de um bracelete que pertenceu à sua bisavó. A série se destaca dentre as outras produções dos estúdios Marvel lançadas neste ano pelo cuidado perceptível em seu enredo e o carinho na atuação de cada um do elenco, tornando uma peça essencial para os admiradores do universo de heróis da fantasia.

Black Bird – 1ª temporada

Apple TV+

Por Luis Hora

A adaptação da história de James Keene se mostrou uma das surpresas da Apple TV+ no ano, conseguindo entreter e intrigar o público sobre a história real de um condenado que decide ajudar a polícia a arrancar confissões de um serial killer. Além do roteiro sem enrolações e de uma direção que não hesitava em ir direto ao ponto, as atuações foram o grande ponto alto. Taron Egerton se mostra cada vez mais maduro em sua carreira, contracenando com um Paul Walter Hauser em uma atuação assustadora e cheia de nuances. Durante toda a curta temporada, os dois dominavam a narrativa e se mostravam parte dos personagens mais interessantes de 2022.

Smiley – 1ª temporada

Netflix

Por Augusto Alvarenga

É delicioso ver como “Smiley” acolhe tudo que decide colocar em seus braços com muito carinho. Absolutamente todas as vertentes que busca contar são bem empilhadas; mesmo que pareçam ser mostradas rápidas demais nos curtos episódios de menos de 40 minutos. Além do drama principal, as ramificações de personagens secundários ganham bons desenvolvimentos, tornando a série ainda melhor de ser consumida. Leia nossa crítica da série.

Interview with the Vampire / Smiley

Interview with the Vampire – 1ª temporada

Entrevista com o Vampiro / AMC

Por Eduardo

É 2022 e uma produção sobre vampiros não soa tão atraente. Mas a adaptação televisa do clássico de Anne Rice é um marco para o subgênero e a produções televisas em si neste ano. Com um trio excepcional que abocanha tudo que o ágil roteiro propõe, o programa é mordaz, sexy e coloca as criaturas da noite em uma narrativa adulta que não peca em não tentar soar fresh, já que mantém com elegância os clichês das sombras mais densas de obras centralizadas na fábula vampiresca, mas o resultado aqui é entretenimento do mais puro. 

Heartbreak High – 1ª temporada

Netflix

Por Eduardo

Leve e caótica, “Heartbreak High” é carregada por picos de alívio cômico em meio ao desenvolvimento fantástico dos personagens. Não muito diferente das séries adolescentes que levam o drama pras telas da sua casa, a série tem seu jeito carinhoso em tratar assuntos modernos com maturidade e um cuidado enorme. Digamos que, esse pode ser o grande diferencial das produções atuais. Leia nossa crítica da série.

The Sandman – 1ª temporada

Netflix

Por Gilmar Mello

Direção, elenco, trilha sonora e enredo funcionam de modo sublime; absolutamente tudo é atraente na adaptação dos quadrinhos de Neil Gaiman para a Netflix. A produção possui não somente uma beleza incrível a cada episódio, mas é também como entrar de cabeça em um devaneio profundo. É possível sentir uma enorme alma e maturidade pelo que busca atingir o telespectador, sendo um belo exemplo em como uma obra deve reagir já tendo um material bruto a se fazer uma nova roupagem. Leia nossas primeiras impressões da série.

Barry – 3ª temporada

HBO

Por Eduardo

Nada aparentemente iria superar o ano anterior de “Barry”, porém, nosso maior inimigo somos nós mesmos. Os episódios do volume três da série ofereceram um espetacular show com uma entrega de valorização de narrativa obscura e perspicaz, que diverte e choca por fazer com que nada seja real ao ponto de tudo parecer real demais. Tudo posto em tela é intocável por uma execução ímpar, violenta e sem medo algum de superar qualquer outra obra televisa lançada este ano.

Harley Quinn – 3ª temporada

Arlequina / HBO Max

Por Mariana Magalhães

O que foi lançado como um desenho não-infantil na sua terceira temporada deixou ainda mais claro o porquê. Mais uma vez acompanhamos a evolução da Harley, seu relacionamento com a Ivy e tivemos a inserção de outros personagens importantíssimos do imaginário popular, como Batman, Batgirl e Asa Noturna. Os temas sérios abordados pela série são abordados com muito humor e diálogos incríveis, sendo o roteiro uma das partes mais acertadas da produção. Leia nossa crítica da série.

Heartstopper – 1ª temporada

Netflix

Por Eduardo

O seriado traz para as telinhas uma proposta super otimista para o catálogo de produções LGBTQIA+ do mercado, abordando assuntos como bullying e homofobia de uma maneira mais leve e didática, sem focar com exclusividade nos obstáculos que surgem para os protagonistas. “Heartstopper” tem como prioridade os sentimentos mútuos e positivos do casal, levando toda a esperança transmitida pelos protagonistas à quem decidir acompanhar. Leia nossa crítica da série.

The White Lotus / House of the Dragon

Moon Knight – 1ª temporada

Cavaleiro da Lua / Disney+

Por Eduardo

Apresentando um universo novo para o MCU, a série desenvolveu bem a fantasia da mitologia egípcia em uma abordagem recheada não somente de história, mas camadas que expõem a fragilidade humana. Nosso protagonista Steven Grant possui transtorno de identidade dissociativa, e compartilha o corpo com seu alter-ego, Marc Spector, um mercenário. O programa vincula herói e humano em um desenrolar frenético que mostra a densidade de Oscar Isaac em ser adaptável. Leia nossa crítica da série.

House of the Dragon – 1ª temporada

A Casa do Dragão / HBO Max

Por Eduardo

Nunca esperar ansiosamente pelo quão rápido uma fofoca possa correr pelo reino foi tão bom de acompanhar como na série derivada de “Game of Thrones”. O programa reuniu uma passagem de tempo que preservou os personagens e troca de atores; giros de trama insanos de acompanhar; politicagem e contação de fatos excêntricos e mordazes. Além de uma season finale de fazer chocar um ovo de dragão. Muito do que faz de “House of the Dragon” ser uma ótima obra não está ligado ao que sua provedora foi — ela mesma fez o seu caminho.

Severance – 1ª temporada

Ruptura / Apple TV+

Por Eduardo

Se “Black Mirror” ganhasse um episódio extra longo e agudo, “Ruptura” seria a amostra perfeita de como ser. Os corredores frios da misteriosa empresa da produção ganham diferentes rumos conforme o telespectador para e observa no reflexo para onde a inteligentíssima história pode ou não ir. Um grupo de desempenhos cativantes do elenco, uma narrativa corrosiva e uma trama experimentalmente bem elaborada colocam a produção em um patamar invejoso.

The White Lotus – 2ª temporada

HBO

Por Eduardo

A partir de agora, Mike White pode ser considerado um gênio. Os novos episódios do programa elevam a qualidade geral da produção em um nível inabalável. Jennifer Coolidge é a única do ano anterior a voltar para a nova leva de conteúdos, e o telespectador tem que agradecer por tal escolha. São momentos pequenos que mais revelam a impaciência humana, junto de todo o temor que guardamos dentro de nossos corpos. As sequências finais são excepcionalmente insanos e divertidos, trazendo personagens e situações que vão viver por um tempo.

The Bear – 1ª temporada

O Urso / Star+/Hulu

Por Eduardo

O ritmo de “The Bear” é vertiginoso e caótico. Exatamente o que uma cozinha ágil emana. E a execução, que beira a perfeição ao exemplificar isso, opta por não apenas mostrar o lado na entrega de um prato, mas a vertente mais íntima do porquê as coisas funcionarem assim para o universo da série. Atores que brilham nos mais minúsculos momentos, e uma declaração extravagante de humanidade, temos uma série que tece episódios que exalam não apenas o que televisão deve ser, mas também a experiência em presenciar isso.

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