Os 13 melhores filmes de 2022

Suprindo qualquer expectativa, 2022 foi um ano brilhante no cinema e aqui estão os destaques

Suprindo qualquer expectativa, 2022 foi um ano brilhante no cinema. Marcado por visuais executados com extrema excelência e cuidado, também fomos agraciados com enredos inovadores, grandes revelações em protagonismo e até mesmo relançamentos que saíram mais frescos do que nunca.

Assim como no ano passado, essa lista reúne os melhores filmes de de 2022. Cada um deles possui características próprias que os diferenciam de forma única dos demais lançamentos dos últimos quase 365 dias. Cenas impactantes e atuações incríveis; romance e aventura na medida certa. 

Aproveite e conheça nossa lista dos melhores filmes de 2021

13. Elvis

HBO Max

Por Heloiza Chaves

Trazendo o estilo teatral e exagerado de Baz Luhrmann, “Elvis” conta a história do cantor marcado justamente pelo exagero: desde suas fãs enlouquecidas, até seus figurinos em Las Vegas, Elvis Presley sempre chamou atenção e isso é bem relatado no filme. Além disso, Luhrmann traz um novo ponto de vista sobre Presley e sua relação com a cultura negra, o que o torna, como personagem de um filme, mais interessante e agradável. Leia a nossa crítica sobre o filme.

12. Pinóquio por Guilherme del Toro

Netflix

Por Eduardo

Com a maior fineza do mundo, as primorosas mãos de Guillermo del Toro tocam o irreparável conto “Pinóquio” em uma variante bravamente intitulada “Pinóquio por Guillermo del Toro,” que nos faz repensar toda a questão de cutucar um clássico. Aqui, o resultado é mais que positivo, já que o longa animado pode ser considerado amor em sua fase mais pura. Leia a nossa crítica sobre o filme.

11. Triangle of Sadness

Por Luis Hora

Ruben Östlund é um diretor que gosta de tirar sarro de muitas coisas, mas seu prazer em criticar as classes mais altas está acima de tudo. Esse pensamento que ele insiste em adicionar aos seus filmes funciona como uma roleta russa, porque quando erra, o erro é feio, mas quando acerta… ele prova que é sim um dos homens mais interessantes do cinema atual.

Composto por partes que vão desde um casal de modelos tendo brigas por causa de comportamentos fúteis, longas de conversas sobre política e até o que pessoas acostumadas a terem outras para servi-los podem passar em uma ilha não tão deserta assim, Triangle of Sadness se mostra divertido não por sua crítica, mas pela forma cômica que aborda momentos tão absurdos. O elenco está afiado, mas a atuação de Dolly De Leon como uma camareira cansada de lidar com pessoas ignorantes carrega a sequência final e é uma das maiores forças do filme.

Marte Um / Pinóquio por Guillermo del Toro

10. Lightyear

Disney+

Por Augusto Alvarenga

Sem nenhuma ligação ao universo Toy Story além de o amado patrulheiro espacial Buzz, Lightyear é uma espécie de “live action” para o universo da franquia anterior, divergindo das críticas à Disney e todos os seus remakes. Aqui temos um exemplo impecável de como se utilizar um personagem amado, sem se colocar às sombras do que já foi produzido antes. Leia aqui a nossa crítica sobre o filme.

9. Aftersun

Mubi

Por Augusto Alvarenga

“Aftersun” estreou, veio parar no nosso rewind e merece sua atenção. Descrito como um “filme-memória”, o longa com Paul Mescal e Frankie Corio é arrebatador. Embora pareça simples em sua composição, com poucos personagens, cenários e recursos imagéticos, o filme propõe uma narrativa que se constrói por meio de “imagens de arquivo” e filmagens convencionais.

A grande surpresa mesmo está na sua essência. Retratando uma relação de pai e filha durante uma viagem de férias à Turquia, a maior vitória do longa transparece na sensibilidade com que representa a literal humanidade de seus personagens, que soam cativantes e verdadeiros, mesmo que imperfeitos. Assista e prepare-se para se emocionar.

8. Turning Red

Red: Crescer é Uma Fera / Disney+

Por Marcos Vinícius

Passeando entre A Saga Crepúsculo e boy bands da música pop, “Red: Crescer é uma Fera” é repleto de referências dessa cultura e chega fazendo história no primeiro longa metragem da Pixar dirigido exclusivamente por uma mulher. O filme que trás alusões geniais ao crescimento e o desenvolvimento da maturidade entre meninos e meninas, se passa nos anos 2000 mas ainda reflete os tempos atuais com sua modernidade e seu gostinho fresh. Leia a nossa crítica sobre o filme.

7. Pearl

Por Marcos Vinícius

A mente brilhante de Ti West se une ao talento indescritível de Mia Goth nas telas do cinema em mais um suspense meio grotesco produzido pela A24. O caos que se multiplica a cada 5 minutos de filme se assemelha ao que já vimos em “Hereditário” e “Midsommar” mas com uma essência única inspirada nas produções da década de 50. Carregando o sonho de ser uma estrela, Pearl é capaz de qualquer coisa para fugir da fazenda onde mora com seus pais.

Aftersun / Batman

6. Spencer

Prime Video

Por Eduardo

A impactante releitura da vida de Lady Di induz entre linhas tortas ao que a fez quebrar-se em estilhaços irreparáveis logo na primeira cena que Kristen aparece, e devido à tradução fantástica de tantos sentimentos solitários em meio ao desejo recorrente de fugir, a tristeza em saber o fim trágico de toda essa história é palpável e muito bem erguida. Spencer, por si só, mistura grandes sentimentos numa película de muito bom gosto e cuidado. Leia a nossa crítica sobre o filme.

5. Avatar: The Way of Water

Avatar: O Caminho da Água / Disney

Por Eduardo

Sendo talvez a sequência mais esperada dos últimos tempos dentro do cinema, a ambiciosa ideia de James Cameron toma aqui uma nova forma, tão imensa quanto os mares mostrados em Pandora. As ideias e a execução beiram o melhor que os nossos olhos queriam ver depois de toda a espera. O mundo de “Avatar: The Way of Water” fica pequeno dentro do nosso corpo, mas gigante perante nossos olhos.

4. The Batman

Batman / HBO Max

Por Eduardo

Não é a primeira vez que vemos a repulsiva cidade ou a brutalidade de Bruce e o porquê disso, mas é sim a primeira que vemos tais pontos serem discutidos como o magistral e histórico personagem merece, adequando-se de toda uma frieza e sagacidade necessária para mostrar o lado mais contínuo do mascarado: toda aquela redoma investigativa que ele sempre precisou ganhar. Repaginando todo o universo que já conhecíamos, Robert Pattinson conduz a trama com um ar mais sombrio e misterioso no “The Batman” de Matt Reeves. Leia a nossa crítica sobre o filme.

3. Marte Um

Por Letícia Finamore

Selecionado para levar o nome do Brasil ao Oscar, o filme dirigido pelo mineiro Gabriel Martins surpreendeu com sua sensibilidade e representatividade nas salas de cinema. O longa-metragem conta a história de quatro integrantes de uma mesma família que vive na região metropolitana de Belo Horizonte. O enredo alterna entre suas histórias pessoais e suas interações entre si, mostrando traumas, batalhas e situações adversas, assim como amor, compreensão e acolhimento. Marte Um é um representante do cinema nacional que foge do mainstream, e que se estabelece como integrante da cena independente brasileira.

The Worst Person in The World / Everything Everywhere All At Once

2. The Worst Person in The World

A Pior Pessoa do Mundo / Mubi

Por Augusto Alvarenga

O longa norueguês surpreendeu o mercado, rompendo uma bolha regional e atingindo um público mundial. Muito disso se deve principalmente pelo que é apresentado: o filme acompanha Julie e suas relações, muitas fugindo do molde convencional ou clichê ao qual estamos acostumados, e trazendo reflexões modernas e muito relacionáveis. O título traduzido, “A Pior Pessoa do Mundo”, evoca alguns sentimentos de frustração e fracasso que vem quando as relações fogem do esperado. Mesmo assim, a protagonista de Renate Reinsve é extremamente cativante e relacionável. A narrativa envolvente e seus recursos técnicos (fotografia deslumbrante, trilha sonora extremamente assertiva e sequências inusitadas) cativaram a todos, consagrando “A Pior Pessoa do Mundo” como um dos melhores filmes do ano. Leia a nossa crítica sobre o filme.

1. Everything Everywhere All At Once

Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo

Por Eduardo

O fantástico e fantabuloso conto do multiverso surge como um dos grandes atos do cinema que supera todas as barreiras do tradicional. Todo o amor em torno desse debate instala sua força em um tipo de humor extremamente caricato, e não pesa sua dosagem ao falar sobre os problemas dos personagens na cara dura. Do outro lado, a energia que concentra todo o drama é brilhante. Leia a nossa crítica sobre o filme.

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