Os 36 melhores álbuns internacionais de 2022

2022 na música internacional foi um ano cheio de materiais de qualidade. Mesmo sendo difícil acompanhar tantos discos lançados, selecionamos os 36 melhores deste ano.

Se tem algo que 2022 trouxe para artistas, foi a vontade de trabalhar. Estava claro o quanto músicos queriam voltar a rotina pesada de estúdio, apresentações e o melhor de tudo: shows. Nos anos em que a pandemia do COVID-19 afetou artistas de todos os tamanhos, foi muito comum ver vários deles utilizando o tempo que deveriam ficar afastados das pessoas como um isolamento forçado para se dedicar a arte. Entre 2020 e o final de 2021 tivemos muitos discos saindo, mas mesmo assim ainda era visível que o grande retorno da música ao seu ambiente normal não havia sido alcançado.

Com o retorno de festivais e turnês aparentemente tudo estava certo para que a indústria musical voltasse a operar normalmente, então faltava apenas os fãs aguardarem lançamentos e aproveitarem a nova leva de hits que nasciam após um período tão conturbado no mundo inteiro. Só neste ano tivemos: retornos muito aguardados aproveitando a cena House e Disco, cantoras mostrando que é possível ir ainda mais alto mesmo partindo de trabalhos impecáveis, bandas traçando um cuidado ainda mais pessoal para suas produções e outros mostrando uma criatividade incansável mesmo que o resultado seja um projeto com mais de uma hora de duração.

Chegando ao final do ano, o escutai selecionou os 36 melhores álbuns internacionais de 2022. Muitos deles passaram por aqui com críticas da equipe, mas o ano foi tão bom que cobrir tudo isso parece até um sonho distante. Foram selecionados aqueles que mostraram mais força, revolucionaram (na medida do possível), viciaram e mesmo após meses não saem do ouvido de muita gente.

36. “WE”, Arcade Fire

Por Leonardo Pereira

“Em ‘WE‘ a banda recuperou sua marca depois de anos indo contra ela. Butler e Chassagne escreveram o álbum inteiro apenas com violão e piano em sua casa. A parte inicial, resumida nas três primeiras faixas, lida com solidão e isolamento. A segunda, com as últimas quatro músicas, aborda reencontro e celebração, estabelecendo parâmetros com a realidade pandêmica da atualidade. Da mesma forma que questões vividas quando eram mais novos influenciavam suas composições nos primeiros álbuns, agora isso se repete.”

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35. “How To Let Go”, Sigrid

Por Eduardo

“Por entre as auras dançantes, amorosas, leves, perdidas, insegura, imensas e pequenas de ‘How To Let Go’, encontramos uma poema honesto sobre uma pessoa em busca de algo que todos nós procuramos: respostas. Mas enquanto nos fazemos as perguntas, encontramos modos diferentes de não ficar estagnados com o que as soluções podem nos trazer. São por esses saldos que o disco serve como mais um passo para entendermos a imensidão que a artista quer que o ouvinte passe a presenciar. Os universos dela são gigantes, assim como os nossos. Graças a ela todos podemos parte dele.”

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34. “Humble Quest”, Maren Morris

Por Luis Hora

“Este disco serve tanto como uma prova de que a cantora tende a cada vez mais trazer momentos sólidos na carreira, quanto como apresentar a personalidade para desconhecidos. Conhecer Maren Morris agora é a melhor hora, mesmo que ela já havia se mostrado uma baita artista para ficar de olho, ainda faltava aquele momento que marcasse seu lugar de vez. Ter se tornado mãe, somado o apoio do marido Ryan Hurd (que também é cantor) foram questões que tiveram muito peso em dar mais força a sua parte musical.”

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33. “Motordrome”, MØ

Por Eduardo

“As faixas do ‘Motordrome‘ não são típicas para evocar no ouvinte arrepios ou coisas assim, mas a poesia que Karen implementa nesse novo registro, seja pela sua usual sonoridade e adereços nostalgicos lá do ‘No Mythologies To Follow’, ou pelo abraço ao rock (que é leve, mas insamente delicioso), mostram uma artista imponente alá seus princípios e sensações que quer entregar para seus fãs. Seguindo toda essa energia, temos mais uma peça incrível em sua discografia, e sim, seria interessante ver Karen indo cada vez mais fundo e usando esses aspectos que usa agora com uma intensidade maior. Enquanto isso não chega, é possível (e muito) apreciar o que temos na jornada até aqui.”

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32. “Beatopia”, beabadoobee

Por Letícia Finamore

Beatopia possui uma construção e produção de mundos icônica e mega acalorada. É perfeito para os dias ensolarados e os mais cinzas. A fantasiosa acentuação de tons e cores funciona como um modelo sensacional para uma jovem artista que parece não precisar de muito para nos fisgar e manter em sua mente. Seja pela persona em si, pelos arranjos vistos aqui (que são precisos e que grudam facilmente na hora de cantar) ou apenas pela existência clara e pura do projeto.”

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31. “Ugly Season”, Perfume Genius

Por Eduardo

“Definitivamente é bom tentar enxergar pelos muitos olhos do Ugly Season. Ao reparar as principais revoluções do projeto, dá para captar o seu destino final. O disco não é pra ser consumido exatamente com a proposta do anterior, é mais pra digerir conforme se entende que é uma peça estritamente artística para um espetáculo provavelmente três vezes mais experimental que qualquer outra obra musical do artista.”

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30. “DECIDE”, Djo

Por Matheus Izzo

“Feito especialmente para entregar otimismo e segurança na incerteza, DECIDE é uma jornada de autodescobrimento. Se o conjunto de 13 faixas vai durar eternamente nos fones ou nas vitrolas do público é difícil saber, mas contra fatos não há argumentos: a experiência é agradável e interessante o bastante para se fazer lembrar de Joe Keery não apenas pelo papel de galã jovial em Stranger Things, mas também como um dos nomes de maior potencial na música moderna.”

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29. “BRONCO”, Orville Peck

Por Luis Hora

Orville Peck sabe muito bem ditar como ser visto artisticamente, e todo o conceito criado por ele é executado da melhor forma possível. Mas sempre fica claro que seu apelo como ser está um pouco mais acima do que seu trabalho musical. Ele é um bom cantor, ótimo performer e seu carisma (mesmo que escondido sob uma máscara) é um dos maiores e melhores convites para conhecê-lo.”

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28. “Hideous Bastard”, Oliver Sim

Por Eduardo

“Acima de tudo, muito do intuito do álbum parece estar ajustado numa desigualdade entre o que um som deva parecer acoplado de sua principal fonte: o intérprete. Esse combo requer equilíbrio e não é como se fosse difícil para Oliver. Ele segura muito bem as ondas vibrantes que claramente foram dispostas com muita responsabilidade em conjunto com Jamie.”

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27. “Surrender”, Maggie Rogers

Por Luis Hora

“O que faz Surrender ser tão fascinante é transitar entre delicadeza e revolta com naturalidade. É fácil se identificar com os altos e baixos que cada letra narra, e isso foi possível porque Maggie Rogers não se acomodou. A cantora vem de um começo bom, mas que não mostrava tudo que a personalidade da artista parecia oferecer, e essa evolução aconteceu devido ao seu amadurecimento, tanto profissional como pessoal.”

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26. “The Hardest Part”, Noah Cyrus

Por Eduardo

“Ao conferirmos a voz de Noah interpretando de maneira tão vulnerável as letras que machucam mais e mais qualquer coração já partido, ela soa como uma cantora em um mirante longe de suas fragilidades, a palavra perfeita para definir cada timbre e entoação de palavras é apenas uma: excepcional.”

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25. “Mercury – Acts 1 & 2”, Imagine Dragons

Por Luis Hora

Apostando na grandiosidade, Imagine Dragons compilou em dois longos discos sonoridades que vão do pop ao rock com o pézinho no eletrônico que eles tanto gostam de fazer. O resultado é o trabalho mais diverso e agradável, já que com mais de trinta músicas disponíveis é muito fácil encontrar aquela vai ficar em loop na cabeça.

24. “Laurel Hell”, Mitski

Por Eduardo

“Somos feitos de momentos, e em certas ocasiões pisamos cuidadosamente no escuro sem ter a mínima ideia do que encontrar a frente. A falta de uma luz, cega. No fim, não podemos ter controle do que vem a seguir, mas podemos cogitar. Se atrelarmos isso ao destino, universo ou seja o que for, devemos ao menos agradecer pela dádiva da tentativa. É complexo, mas a Mitski com o Laurel Hell’ corresponde por esse tipo de pensamento, e ao mesmo tempo destrincha muito do que o ocasionou. Seja pelas letras, o feito lírico aqui é insano, ou pela estética sonora aplicada. Tudo faz sentido e ao mesmo tempo, também cede um pouco de sentido.”

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23. “Funny Girl (New Broadway Cast)”, Lea Michele (with Broadway Cast)

Por Luis Hora

Realizando um sonho antigo de carreira, Lea Michele se torna oficialmente Fanny Brice e domina mais uma trilha sonora. Depois de um pequeno tempo longe da TV (e dos palcos também), a atriz retorna com vontade de deixar claro o que já era óbvio: o quanto sua voz é uma das maiores potenciais contemporâneas do teatro musical.

22. “Preacher’s Daughter”, Ethel Cain

Por Luis Hora

“A existência de um novo ser serve para traduzir o que Hayden quer dizer. Não existe uma batalha travada entre as duas personas, e sim um permitir para que pontos específicos sejam tocados de forma destemida. Criar uma persona aqui não é motivo para escapar de lidar com temas tão traumáticos, mas sim a forma mais crua de guiar qualquer pessoa em um viagem tão sinistra que se torna puramente soturna, onde ouvir é se atordoar a cada minuto.”

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21. “<COPINGMECHANISM>”, Willow

Por Luis Hora

Indo mais uma vez de cabeça nas guitarras, Willow fez de ‘<COPINGMECHANISM>‘ outra empreitada corajosa em um estilo musical mais pesado. Curiosamente, foi no rock, emo e punk que a cantora aparenta estar mais livre e cada vez mais determinada a mesclar sua personalidade com sua arte. Aqui ela se mostra forte, destemida e realizada.

20. “Ivory”, Omar Apollo

Por Luis Hora

Mesmo após lançamentos que já deixavam claro a qualidade de Omar Apollo, foi com ‘Ivory’ que ele finalmente chamou a atenção do grande público. Trazendo músicas em espanhol, inglês e até com os dois idiomas misturados o cantor está a versatilidade em pessoa. Além disso tudo, as apostas em baladas bastante comoventes também dão um toque mais pessoal ainda ao disco.

19. “Familia”, Camila Cabello

Por Luis Hora

Em seu momento mais pessoal, Camila Cabello dedica todo um trabalho a se reconectar com suas raízes. Em ‘Familia‘ a cantora se desamarra um pouco da obrigatoriedade de criar hits pop e vai por um caminho mais leve. Influenciada por um conceito simples, mas que tende a dizer muito sobre como cada artista se relaciona com fãs e sua música.

18. “The Loneliest Time”, Carly Rae Jepsen

Por Luis Hora

“O retorno da cantora de ‘Run Away With Me’ era bastante aguardado, e com ‘The Loneliest Time‘ ela fez a alegria dos fãs. Escolhendo um mix de sons que remetem a décadas passadas, música funk e disco, Carly Rae Jepsen amadurece cada vez mais em como determina sua própria visão para o pop.”

17. “Hold The Girl”, Rina Sawayama

Por Luis Hora

Hold The Girl sofre com um retrocesso na originalidade e frescor que o projeto anterior apresentava, mas ainda consegue se segurar em uma narrativa caprichada. Rina Sawayama tem sorte de ser um ícone tão interessante, pois é através da forma que conta sobre sua vida que ela é capaz de guiar com transparência esse tour que faz tão bem quando é a hora de falar sobre si mesma.”

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16. “Caprisongs”, FKA twigs

Por Luis Hora

Saindo da sua casinha favorita e experimental, FKA twigs decidiu brincar um pouco e fazer seu projeto mais pop até então. Recheado de feats e produções de El Guincho, ‘Caprisongs’ é seu projeto mais divertido até hoje, deixando claro que twigs poderia ser a artista que quisesse, justamente por fazer tudo que se propõe muito bem.

15. “Un Verano Sin Ti”, Bad Bunny

Por Luis Hora

Mesmo com uma discografia que se estende cada vez mais rápido, Bad Bunny mostra que sua originalidade na hora de criar música não parece ter hora de acabar. Além disso, seu fôlego também não, pois criar um disco viciante do começo ao fim que segure o ouvinte por quase uma hora e meia não é para qualquer um.

14. “Mr. Morale & the Big Steppers”, Kendrick Lamar

Por Eduardo

Em algumas complexidades que ficam soltas no ar, Mr. Morale & The Big Steppers não é melhor que seu antecessor, mas ao descrevermos as outras peças que ficam em órbita de maneira honesta e nada simplistas, esse aqui é um álbum que novamente deve ganhar apenas uma nomenclatura para mais uma obra dentro da discografia de Kendrick Lamar: obra-prima.

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13. “Special”, Lizzo

Por Eduardo

“A naturalidade que Lizzo projeta usando sentimentos convidativos e acolhedores sobre autoaceitação e amor por parte de terceiro ainda se proclama de maneira extensiva e meticulosa, sendo novamente o principal gás. A artista de novo deixa claro porque é uma estrela brilhante, e o que devemos fazer é apenas gritar de alegria e nos juntar a ela.”

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12. “Being Weird In A Funny Language”, The 1975

Por Letícia Finamore

“O que parece é que a banda decidiu voltar às suas origens, desta vez carregando toda a bagagem e a maturidade apreendida ao longo de seus muitos anos de carreira (mais de dez, se contarmos o período em que a banda existiu com outros nomes). O grupo compartilha com seus ouvintes coisas que descobriram com suas experiências — muitas delas relacionadas ao amor. ‘BFIAL’ é, inclusive, um dos discos mais apaixonados do The 1975. ‘All I Need To Hear’, ‘Oh, Caroline’, ‘Happiness’, ‘I’m In Love With You’, ‘When We’re Together’ são algumas das faixas que deixam esse ponto claro. “

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11. “The Lead EP”, FLO

Por Diego Stedile

Visualizando o cenário que apresenta a modernização do gênero, FLO chega na indústria impactando com a tradicional sonoridade nostálgica que marcou a primeira década do milênio já em seu primeiro single, ‘Cardboard Box’ — música que deixou muitos dos jovens adultos acalentados com a originalidade criada com base em grandes referências da música como TLC, Destiny’s Child, Sugababes.

10. “Dirt Femme”, Tove Lo

Por Eduardo

“Em cada verso e decomposição de sentidos, o que se vê aqui parece explorar a feminilidade de Tove como nunca dentro de suas obras. Enquanto é um estudo ideal que se assemelha a um frescor em dias quentes e terrosos, é também vulnerável e mágico. A artista nunca precisou escalar muito para colocar na pista trabalhos incríveis, aqui, parece que a jornada ficou ainda mais fácil de se escrever.”

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9. “Dance Fever”, Florence and the Machine

Por Leonardo Pereira

“Há muito tempo se diz que a dança tem poder curativo, proporciona salvação e conta histórias de esperança e transformação. A relação de Florence com a dança aconteceu em 2014, quando iniciou um processo pessoal e difícil de sobriedade. Métodos aprendidos a ajudaram e renovaram sua visão como artista, fazendo com que, a cada ano que passa desde então, possamos presenciar uma melhora significativa — e diria até que aperfeiçoada — de suas técnicas. Seus shows energizam e elevam qualquer um que possa se sentir pertencentes no ali e agora.”

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8. “Midnights”, Taylor Swift

Por Eduardo

“O nível espiritual do Midnights está, sim, em algo já feito pelas interpretações de Taylor Swift, mas até que ponto podemos levar isso em conta se temos um registro gostoso, aproveitável e que enche os fãs de orgulho? Queira ou não, ali ou aqui, esse ainda é em algumas linhas mais um triunfante álbum do titã da música.”

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7. “HOLY FVCK”, Demi Lovato

Por Marcos Vinícius

“O que uma vez foi apresentado como mais um enredo de superação, acabou ficando de lado enquanto se torna algo majestoso. Em diversos pontos altos onde até mesmo as canções menos promissoras são eletrizantes e excitantes, as histórias de seu passado são mascaradas pela força nos vocais furiosos e por um tesão em voltar a viver novamente.”

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6. “SOS”, SZA

Por Marcos Vinícius

“Após moldar sua trajetória e personalidade ao redor do R&B contemporâneo, SZA se arrisca num projeto que passeia pelo pop rock em uma das faixas e flerta ainda mais com o trap, uma de suas principais marcas. Iniciando o álbum com a faixa título, estamos cara-a-cara com uma versão mais afiada de alguém que teve seu coração partido. Dessa vez, sem desculpas. Contudo, ‘Kill Bill’ dá continuidade ao sentimento numa forma mais brutal.”

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5. “Harry’s House”, Harry Styles

Por Eduardo

“No fim, o único risco aqui era que em Harry’s House a casa fosse oca, sem pessoas ou mobília. Entretanto esse sentimento corre para muito longe após a ardência que é causada pela melodia e estilo que sempre (sempre mesmo) decide acender uma faísca para algo maior. Madeira e fogo não combinam, mas Styles sabe como apaziguar o fogo oferecendo momentos incandescentes e que não se alardam da maneira que não devem.”

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4. “MOTOMAMI”, Rosalía

Por Luis Hora

“Se antes ela trazia uma abordagem bastante circular, onde cada faixa parecia sempre levar a próxima, em MOTOMAMI nos vemos olhando para um hexadecágono. Podemos partir do quinto lado para o oitavo, depois para o primeiro e decidir completamente sobre o sentido que vamos ouvir a obra. Onde independente da direção escolhida, essa viagem tem o poder de ser tão única que a próxima soaria como se fosse a primeira.”

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3. “Crash”, Charli XCX

Por Eduardo

“Imparável é sim a melhor palavra para descrever o que a artista é capaz de fazer e proporcionar aos fãs com seus trabalhos musicais. Antes desse disco, a britânica possuia na tabela 5 outros projetos incríveis que parecem seguir uma linha de tempo própria. Ela dentro de suas próprias criações passou a formalizar um clímax que nunca precisou de uma quebra de ritmo, já que trabalho após trabalho tínhamos em mãos resultados imponentes e deliciosos de se prestigiar.”

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2. “Dawn FM”, The Weeknd

Por Eduardo

“Enquanto se atravessa a ponte da transição entre os estágios da vida, se escuta uma voz no desalumiado céu falando para caminhar para a luz e aproveitar mais um pouco de música comercial da Dawn FM, rádio responsável pela passagem indolor, qualquer que seja o seu destino. Esse é o contexto narrativo principal que dá vida ao ‘Dawn FM‘, novo álbum de The Weeknd. Todo esse ato parece ser gelado ou estranho, mas para Abel Tesfaye, após tantos trabalhos espetaculares, executar uma ideia tão fora da caixa como essa é simples.”

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1. “RENAISSANCE”, Beyoncé

Por Thiago Santos

“Desfrutar a excelência. Esse é o privilégio com que ela nos presenteia sempre que decide nos mostrar um pouco mais do que ela é capaz de fazer. RENAISSANCE é cativante e pouco comercial, mas estratégico até o fim. Assim como nos projetos anteriores — self-titled (2013) e Lemonade (2016) —, a artista evoca algo que seus fãs menos intensos talvez não se conectem de primeira, mas se desafiam a ouvir.”

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